quarta-feira, 30 de março de 2011

O MESTRE CIRIACO É TEMA DE MATÉRIA DO DIÁRIO DE PERNAMBUCO.


Aventureiros e exploradores costumavam dizer que as relíquias mais importantes de um povo nunca seriam reveladas por completo aos forasteiros.


Séculos depois, a ciência e a história provaram que tantas maravilhas naturais e históricas sempre estiveram debaixo do nosso nariz e, se não foram encontradas antes, é porque geralmente costumamos olhar primeiro para muito longe. Mestre Ciriaco do Coco ensina o "ofício" há décadas na Zona Rural da cidade. Com o dinheiro do prêmio, construiu a Casa do Coco para perpetuar sua arte e comprou roupas novas para as coquistas. Foto: Alcione Ferreira/DP/D.A Press É no mínimo curioso conferir alguns nomes do Prêmio Humberto de Maracanã - Culturas Populares do Ministério da Cultura. Somente em Glória do Goitá, a 66 km do Recife, entre três premiados há dois representantes culturais que dificilmente teriam suas histórias e artes conhecidas fora de Pernambuco se continuassem a depender somente de datas festivas, carnaval e da "boa vontade" política típica das cidades além do eixo metropolitano.


Aos 81 anos, o Mestre Ciriaco do Coco pode se orgulhar de muita coisa que fez na vida, a começar pelos seus 24 filhos, 34 netos e 20 bisnetos. Nascido João Sebastião do Nascimento em 26 de junho de 1928, Mestre Ciriaco não existe no Google. Parece besteira, mas em tempos de uma sociedade da informação cada vez mais conectada, é um reflexo notório de como ainda há tanto a percorrer pela cultura de um povo. E às vezes estamos todos tão próximos. No site oficial do prêmio, na página do Minc, o leitor encontra apenas o nome de batismo, não o nome pelo qual Ciriaco brinca e ensina rodas de coco há décadas na Zona Rural de Glória do Goitá, repassando conhecimento "até quando eu morrer", como costuma dizer aos visitantes. A saúde parece de ferro - não somente pela prole - e ajuda a esconder a idade. Ciriaco costuma percorrer à pé os 12 km que separam sua casa no Sítio Urubu até o centro de Glória do Goitá. A garganta não tem mais a força de outrora.


Mesmo assim, quando começa a conduzir uma roda de coco, Ciriaco só vai embora quando desligam o som. Porque do contrário ele vira a noite cantando. E as filhas, dançando sem parar e sem cansar. Preocupa Dona Maria, a esposa, casada com o mestre desde 1954. Mas não preocupa Ciriaco. Com a humilde verba de R$ 10 mil repassada pelo Minc, ele resolveu não deixar mistérios para exploradores ou aventureiros e construiu a Casa do Coco para sua arte se perpetuar por meio dos filhos, netos e bisnetos. E quem mais quiser. Além da recém-construída Casa do Coco, o dinheiro ajudou a comprar um novo equipamento de som (usado, modelo bem antigo) e algumas roupas novas para as coquistas. Em contrapartida, exigência do Ministério, deu aulas durante três dias em oficinas para alunos da rede pública de ensino no Sítio Urubu.


E as oficinas ajudaram a mostrar que Mestre Ciriaco do Coco pode até entrar no Google a partir de agora, mas certas coisas realmente não mudam nunca. Analfabeto e sem ter tido condições de estudar quando criança, Ciriaco entrou na sala de aula e não entendeu quando todas as 17 crianças não tinham sequer um caderno. A vida difícil no interior e a falta de perspectivas do passado ilustram algumas das letras de suas músicas, mas nãorefletem no humor de Mestre Ciriaco, que já prepara uma grande festa na Casa do Coco para seu próximo aniversário com ajuda do filho Queno de Alagoinha (José João da Silva), o principal herdeiro da arte do pai. Mestre Ciriaco é considerado o último representante do coco-de-roda na Zona da Mata Norte de Pernambuco. Herdou a brincadeira ainda criança, quando aos 13 anos começou a seguir as rodas do pai e aos 14 conduziu sua primeira roda de coco.


Sobre o pai, ele desconversa um pouco, diz que não lembra tanto. Mas não deixa de cantar uma música por onde confessa a frustração de não ter sido permitido entrar numa escola, aprender a ler, a estudar. Hoje, Ciriaco é mestre e se preocupa em ensinar aos outros. E promete muito mais, agora com seu espaço próprio para os coquistas da região.


Fonte:diariodepernambuco.com

segunda-feira, 28 de março de 2011

Fafá de Belém lança DVD com show no dia 1º de abril


A cantora Fafá de Belém canta os maiores sucessos de sua carreira, dia 1º de abril (sexta-feira), às 21h, no Teatro da UFPE. A apresentação integra a turnê 2011 do DVD "Fafá ao Vivo". Esta será a primeira vez da artista no Recife para apresentação do show gravado no Theatro da Paz, em Belém. O show contará com a participação da filha de Fafá, Mariana Belém. Os ingressos custam R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia) e podem ser adquiridos na bilheteria do teatro ou nas lojas VR dos shoppings Recife e Plaza e na Esposende do Shopping Tacaruna. Mais informações pelo telefone 3207-5757.

sábado, 26 de março de 2011

O Que é Tuberculose?


A tuberculose é uma das doenças infecto-contagiosas que mais mata no Brasil.
A tuberculose é uma doença infecciosa causada por um microrganismo chamado “bacilo de Koch” (BK), conhecido também pelo seu nome científico de Mycobacterium tuberculosis.

Apesar de atingir principalmente os pulmões, pode ocorrer em outras partes do nosso corpo, como ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro).
Muitas vezes, sem ter nos meios de comunicação o mesmo espaço que dengue e AIDS, a tuberculose atinge, sobretudo as classes menos favorecidas. Apontada por muitos como um "mal social", a sua proliferação está intimamente ligada às condições precárias de vida.

Causa da tuberculose

A tuberculose é causada por uma bactéria chamada “bacilo de Koch”. Esta bactéria espalha-se pelo ar quando é eliminada através da fala, tosse ou espirro de pessoas portadoras de tuberculose, e que não estão em tratamento.
Devido a esta forma de transmissão, a convivência com pessoas portadoras de tuberculose, especialmente em ambientes fechados, favorece a contaminação.
A tuberculose não é uma gripe ou pneumonia mal curada. Frio, beber algo gelado não causa tuberculose.

Mas algumas condições que reduzem as defesas do organismo podem aumentar a chance de infecção pelo bacilo da tuberculose, incluindo desnutrição, alcoolismo, tabagismo e doenças imunossupressoras, como a AIDS.

Sintomas da tuberculose


Os sintomas da tuberculose são insidiosos, ou seja, alguns pacientes não exibem nenhum indício da doença, outros apresentam sintomas aparentemente simples que são ignorados durante meses ou anos.
Os sintomas de tuberculose incluem:
• Tosse seca e contínua (geralmente no início do quadro).
• Tosse com catarro quando a doença evolui. Podendo surgir pus ou sangue no catarro.
• Febre baixa, geralmente no final da tarde.
• Suores noturnos.
• Perda de apetite.
• Fraqueza, cansaço e prostração.
• Perda de peso.
Em casos mais graves os sintomas da tuberculose evoluem para:
• Dificuldade para respirar.
• Dor no peito.
• Tosse com eliminação de sangue.

Diagnóstico da tuberculose


O diagnóstico da tuberculose é feito pelo médico com base na história, exame clínico e exames complementares, que podem incluir:
• Radiografia de tórax;
• Baciloscopia (exame que procura os bacilos da tuberculose no escarro).

Tratamento da tuberculose

Todo paciente com tuberculose pode ser curado, desde que siga as orientações do médico e faça o tratamento de forma regular.
Na maior parte dos casos são utilizados 03 antibióticos, tomados da seguinte maneira: duas cápsulas vermelhas que contém os remédios rifampicina e isoniazida e quatro comprimidos brancos que contém o medicamento pirazinamida.
O tempo necessário para o tratamento da tuberculose é, em geral, seis meses.
O tratamento da tuberculose está disponível gratuitamente nos postos de saúde.
Caso surjam efeitos colaterais não existentes antes do tratamento, o paciente deverá procurar o posto de saúde no qual está fazendo o tratamento para receber orientações dos profissionais de saúde responsáveis. Não há justificativa para parar o tratamento, a não ser por expressa orientação do médico.


Somente o médico pode avaliar se o doente está curado ou não. Muitas vezes, o paciente melhora após um mês de tratamento, mas isto não significa que a tuberculose esteja curada. Ainda assim, o tratamento só deverá ser interrompido por ordem médica.

Como prevenir a tuberculose
Para prevenir a tuberculose é necessário imunizar as crianças com a vacina BCG. Esta vacina é geralmente aplicada nos primeiros meses de vida.


Fonte: http://www.bancodesaude.com.br/tuberculose/tuberculose

domingo, 20 de março de 2011

Dia 22 de Março Dia Mundial da Água.


O Dia Mundial da Água foi criado pela ONU (Organização das Nações Unidas) no dia 22 de março de 1992. O dia 22 de março, de cada ano, é destinado a discussão sobre os diversos temas relacionadas a este importante bem natural.

Mas porque a ONU se preocupou com a água se sabemos que dois terços do planeta Terra é formado por este precioso líquido? A razão é que pouca quantidade, cerca de 0,008 %, do total da água do nosso planeta é potável (própria para o consumo). E como sabemos, grande parte das fontes desta água (rios, lagos e represas) esta sendo contaminada, poluída e degradada pela ação predatória do homem. Esta situação é preocupante, pois poderá faltar, num futuro próximo, água para o consumo de grande parte da população mundial. Pensando nisso, foi instituído o Dia Mundial da Água, cujo objetivo principal é criar um momento de reflexão, análise, conscientização e elaboração de medidas práticas para resolver tal problema.

No dia 22 de março de 1992, a ONU também divulgou um importante documento: a “Declaração Universal dos Direitos da Água” (leia abaixo). Este texto apresenta uma série de medidas, sugestões e informações que servem para despertar a consciência ecológica da população e dos governantes para a questão da água.

Mas como devemos comemorar esta importante data? Não só neste dia, mas também nos outros 364 dias do ano, precisamos tomar atitudes em nosso dia-a-dia que colaborem para a preservação e economia deste bem natural. Sugestões não faltam: não jogar lixo nos rios e lagos; economizar água nas atividades cotidianas (banho, escovação de dentes, lavagem de louças etc); reutilizar a água em diversas situações; respeitar as regiões de mananciais e divulgar idéias ecológicas para amigos, parentes e outras pessoas.

Declaração Universal dos Direitos da Água.


Art. 1º - A água faz parte do patrimônio do planeta.Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos.

Art. 2º - A água é a seiva do nosso planeta.Ela é a condição essencial de vida de todo ser vegetal, animal ou humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura. O direito à água é um dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à vida, tal qual é estipulado do Art. 3 º da Declaração dos Direitos do Homem.

Art. 3º - Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia.

Art. 4º - O equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.

Art. 5º - A água não é somente uma herança dos nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.

Art. 6º - A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.

Art. 7º - A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.

Art. 8º - A utilização da água implica no respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado.

Art. 9º - A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.

Art. 10º - O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.

sábado, 19 de março de 2011

19 de Março - Dia de São José.


O culto a São José começou provavelmente no Egito, passando mais tarde para o Ocidente, onde hoje alcança grande popularidade. Em 1870, o papa Pio IX o proclamou "O Patrono da Igreja Universal" e, a partir de então, passou a ser cultuado no dia 19 de março.

Em 1955 Pio XII fixou o dia 1º de maio para "São José Operário, o trabalhador".
Apesar de ter grande importância dentro da Igreja Católica, o nome de São José não é muito citado dentro das fontes bibliográficas da Igreja, sendo apenas mencionado nos Evangelhos de S. Lucas e S. Mateus.

Descendente de Davi, São José era carpinteiro na Galiléia e comprometido com Maria. Segundo a tradição popular, a mão de Maria era aspirada por muitos pretendentes, porém, foi a José que ela foi concedida.

Quando Maria recebeu a anunciação do anjo Gabriel de que daria à luz ao Menino Jesus, José ficou bastante confuso porque apesar de não ter tomado parte na gravidez, confiava na fidelidade dela. Resolveu, então, terminar o noivado e deixá-la secretamente, sem comentar nada com ninguém. Porém, em um sonho, um anjo lhe apareceu e contou que o Menino era Filho de Deus e que ele deveria manter o casamento.

José esteve ao lado de Maria em todos os momentos, principalmente na hora do parto, que aconteceu em um estábulo, em Belém.
Quando Jesus tinha dois anos, José foi novamente avisado por um anjo que deveria fugir de Belém para o Egito, porque todas as crianças do sexo masculino estavam sendo exterminadas, por ordem de Herodes.

José, Maria e Jesus fugiram para o Egito e permaneceram lá até que um anjo avisasse da morte de Herodes.
Temendo um sucessor do tirano, José levou a familia para Nazaré, uma cidade da Galiléia.

Outro momento da vida de Cristo em que José aparece na condição de Seu guardião foi na celebração da Páscoa Judaica, em Jerusalém, quando Jesus tina 12 anos.
Em companhia de muitos de seus vizinhos, José e Maria voltavam para a Galiléia com a certeza de que Jesus estava no meio do grupo.
Ao chegar a noite e não terem notícias de seu filho, regressaram para Jerusalém em uma busca que durou 3 dias.
Para a surpresa do casal, Jesus foi encontrado no templo em meio aos doutores da lei mais eruditos, explicando coisas que o deixavam admirados.
Apesar da grande importância de José na vida de Jesus Cristo não há referências da data de sua morte.
Acredita-se que José tenha morrido antes da crucificação de Cristo, quando este tinha 30 anos.
Fonte digital: http://www.dci.org.br/santododia/

quarta-feira, 16 de março de 2011

Aos 85 anos, morre no Rio a última irmã de Luiz Gonzaga


A última irmã do rei do baião Luiz Gonzaga (1912 - 1989), a cantora, compositora e sanfoneira Chiquinha Gonzaga (que nada tem a ver com a artista de nome homônimo da Era do Rádio) morreu aos 85 anos por volta das 5h desta terça-feira (15). Ela estava internada no Hospital Municipal Moacyr Rodrigues do Carmo, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro.

O neto de Chiquinha, Victor Hugo Batista Custódio, disse ao Terra que há alguns meses ela sofreu um acidente em Recife, em Pernambuco, quando um motorista estava estacionando o carro, não viu a artista, a atingiu e ela caiu, batendo a cabeça. "Depois disso, ela começou a ter problemas para se lembrar das coisas, até achamos que ela estava com mal de Alzheimer, mas o que ela teve, na verdade, foi um aneurisma".
Ainda segundo o neto, ela foi para o Rio de Janeiro se tratar pouco mais de seis meses atrás, sob os cuidados de seu pai Sérgio Custódio. "O problema foi piorando gradativamente e há uma semana ela deu entrada no hospital em Caxias com problemas respiratórios. A causa da morte na certidão de óbito diz que ela morreu por complicações de pneumonia", explicou. Ela entrou em coma na noite desta segunda-feira (14) e, nesta terça, a família recebeu a notícia da morte. Familiares foram avisados e devem chegar a tempo do funeral.

O corpo aguarda liberação do IML, o que deve acontecer por volta das 11h desta quarta-feira (16). O velório e enterro ocorrem no cemitério municipal Nossa Senhora das Graças (conhecido popularmente como Tanque do Anil), que fica no bairro de Vila Operária. O sepultamento deve ocorrer às 15h.
Segundo a família, o último show de Chiquinha foi em dezembro de 2009.


Fonte:www.jb.com.br




sábado, 12 de março de 2011

Feliz Aniversário Recife, Parabéns á Olinda.




História de Recife


O Recife é uma cidade que encanta à primeira vista. História e beleza misturam-se em um cenário plantado à beira-mar e cortado por extensos rios e pontes. A exemplo de outras cidades portuárias, nasceu e se desenvolveu em torno do seu porto. Como descreve o escritor Josué de Castro, “é este um dos seus aspectos mais singulares: em regra, constrói-se um porto para servir a uma cidade; no caso, levantaram os holandeses uma cidade para servir a seu porto”. Seu nome é uma variação da antiga forma arrecife, que do árabe ar-cif significa dique, alusão aos rochedos de corais abundantes ao longo do litoral.



No dia 12 de março, a cidade comemora 474 anos. A mais antiga referência sobre o Recife é de 1537, no documento Foral de Olinda, no qual está determinado o estatuto jurídico da propriedade da terra. Um pequeno mundo, um povoado, não muito distante de Olinda (apenas 6km ao Norte), que era o lugar central do poder e da riqueza da capitania de Pernambuco, governada nos primeiros tempos, por Duarte Coelho. Nesta época, o Recife era apenas parte do território de Olinda, o que durou até 1709.


Recife já apresentava sinais de prosperidade no século 16 e iria expandir ainda mais no século 17. O seu porto – mais uma vez ele – consolidava-se como espaço privilegiado. O chamado sítio urbano se alargava e o rico açúcar produzido na região despertava a cobiça de outros povos, como os holandeses que, em 1630, desembarcaram na região com 67 navios e sete mil homens. Os novos conquistadores dominaram a região por 24 anos e a fizeram prosperar.




O conde Maurício de Nassau trouxe para o Recife os pintores Frans Post e Albert Eckout e cientistas como Willem Piso e Jorge Marcgrav. Iniciava-se, sem dúvida, um período de prosperidade e o Recife começava a tomar ares de uma cidade moderna. Os tempos de Nassau ficaram na história como gloriosos e marcaram o processo de urbanização da cidade, que esteve sob domínio holandês até 1654.


Ocupando o espaço deixado pelos holandeses, comerciantes vindos de Portugal vêm para o Recife. A prosperidade do povoado, impulsionada pela ascenção econômica dos portugueses, chamados com desprezo de ‘mascates’, é vista com desconfiança pelos olindenses, senhores de engenhos arruinados pelas dívidas. O conflito entre a nobreza açucareira pernambucana e os novos burgueses desencadeia a Guerra dos Mascates. Os novos moradores do povoado saem vitoriosos e elevam Recife à categoria de vila independente, em 1710, com um governo municipal instalado.


No século 19, a história da cidade é marcada por conflitos políticos: a Revolução de 1817; a Confederação do Equador, de 1824; a Revolução Praieira, de 1848. O Recife vivia com inquietações constantes e não se subordinava ao poder central, desafiando as ordens vindas do Rio de Janeiro. Não era mais uma vila, nem estava subordinado a Olinda. Tornou-se cidade em 1823 e capital pernambucana, em 1827.


De uma vila de pescadores, o Recife tornou-se uma cidade rica em história, cultura e monumentos. São igrejas seculares, pontes, fortificações, ruas antigas e estreitas que convivem, atualmente, com amplas avenidas. Hoje é uma metrópole com cerca de 1,5 milhão de habitantes, ocupando um território de 221km². Continua “serena (…) metade roubada ao mar, metade à imaginação”, como recitou um de seus poetas mais ilustres, Carlos Pena Filho. Nasceu do sonho dos homens e se inventa a cada dia.


História de Olinda



Olinda nasceu em uma colina de onde a visão se projeta sobre o oceano. Além da beleza paisagística, a escolha do lugar teve razões estratégicas: do alto, era mais fácil combater invasores vindos pela costa em busca de riquezas naturais. Ao chegar à nova terra, habitada pelos índios Tabajares e Caetés, o português Duarte Coelho convenceu-se de que aquele era o lugar ideal para instalar a sede do seu governo. Segundo a tradição, ele teria exclamado: “Oh! Linda situação para uma vila!”. Estava, então, fundada a Vila de Olinda, no dia 12 de março de 1537. Hoje a cidade Patrimônio Histórico da Humanidade completa 476 anos.



Instalada a sede do primeiro governo da Capitania de Pernambuco, a nascente vila, que depois seria transformada em cidade e capital, foi, aos poucos, desenhando o seu traçado urbanístico. Sobrados e ruas coloniais, monumentos, igrejas imponentes, galerias de arte e artesanato transformaram Olinda em uma cidade que “é só para os olhos. Não se apalpa, é só desejo” (Carlos Pena Filho).



Com a exploração do pau-brasil e o desenvolvimento da cultura da cana-de-açúcar, Olinda tornou-se um dos mais importantes centros comerciais da colônia. A presença das ordens religiosas na vila foi importante para a definição urbanística do lugar e de fundamental importância para a conquista definitiva das terras. Invadida pelos holandeses em 1630 e incendiada no ano seguinte, foi reconstruída apenas em 1664. Após esse período, o povoado do Recife começou a crescer, com a presença dos comerciantes portugueses. Olinda foi, aos poucos, perdendo espaço para a nova vila que se fortalecia, deixando, finalmente, de ser capital em 1827.



Deixou de ser centro político, porém continuou sendo referência histórica e cultural. Costuma-se dizer que Olinda tem a maior concentração de artistas e artesãos do País. Mais de 10% de sua área total (42,3km²) pertencem ao Sítio Histórico, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O seu rico acervo arquitetônico, cultural e natural a transformam em exemplo de cidade colonial brasileira. Do alto de suas colinas, é possível fechar os olhos e imaginar como viviam os povos que habitaram a cidade entre os séculos 17 e 19.



DOCUMENTO – O Foral de Olinda é o documento mais antigo relativo à cidade e o único conhecido no País. Outros dois são apenas citados: o de Santos, de 1545, e o de Piratininga, de 1558, ambos em São Paulo. Mas nunca foram encontrados. Pesquisadores afirmam que o Foral de Olinda é o único que concede ao núcleo urbano nascente o título de ‘vila’, assegurando-lhe um amplo patrimônio territorial.
PIONEIRISMOS:
» Primeira Câmara de Vereadores do Brasil (1548)
» Primeiro teatro brasileiro (1575)
» Primeiro grito pela República (Bernardo Vieira de Melo, 1710)
» Primeiro curso jurídico do País (1827)
» Primeira biblioteca pública do Brasil (1830)
» Primeira manifestação real para a abolição da escratura no Brasil, com a libertação de todos os escravos pelos dirigentes do Mosteiro de São Bento (1831).


FONTE:JC ONLINE
Leia mais: http://www.calendarioseferiados.com/aniversario-de-recife-e-olinda-12-de-marco/#ixzz1GOYGiFgG

Maracatu Carneiro Manso vence concurso no Recife.



Um ano de preparação e três dias de folia nos principais pólos de carnavais de Pernambuco. É assim que o Maracatu Carneiro Manso se consagra o grande vencedor do concurso de Maracatus 2011 de baque solto da Prefeitura do Recife e trás o prêmio para Glória do Goitá. Agora, ele faz parte do grupo ESPECIAL de maracatus do estado.

A agremiação desfilou na terça-feira de carnaval na Avenida Guararapes, no Centro do Recife, e esbanjou criatividade, alegria e muito brilho em 160 componentes. Em 2010, nesse mesmo concurso o grupo ficou em 7º lugar. Em 2008, o Carneiro Manso venceu o prêmio Humberto Maracanã realizado pela Fundação do Patrimônio Histórico de Pernambuco (Fundarpe). O maracatu Carneiro Manso foi fundado em 1950.

Segundo Andreza Correia, integrante da organização do maracatu, o prêmio foi uma surpresa. “Estamos emocionados com o resultado. Na hora nós não acreditamos, mas a felicidade é enorme”, afirma Correia. O resultado da premiação foi recebida pelo bandeirista do grupo, Wellington Rubens. O troféu e a premiação serão recebidos no domingo, dia 13, no Recife, na volta, o Carneiro Manso se apresenta nas ruas de Glória do Goitá. O maracatu é conduzido por José Rinaldo, Edmilson Lima e Aurora Francisca todos de Glória do Goitá.


Fonte:http://ecoscomunicacao.blogspot.com/2011/03/maracatu-carneiro-manso-vence-concurso.html

segunda-feira, 7 de março de 2011

Dia 08 de Março Dia da Mulher.


Mulheres fracas, fortes.
Não importa.
Mulheres mostram que mesmo através da fragilidade.
São fortes o bastante para erguerem sempre cabeça
Sem desistir, pois sabemos que somos capazes de vencer.

Temos a delicadeza das flores
A força de ser mãe,
O carinho de ser esposa,
Reciprocidade de ser amiga,
A paixão de ser amante,
E o amor por ser mulher!

Somos fêmeas guerreiras, vencedoras,
Somos sempre o tema de um poema
Distribuímos paixão, meiguice, força, carinho, amor.

Somos um pouco de tudo
Calmas, agitadas, lentas!
Vaidosas, charmosas, turbulentas.

Mulheres fortes e lutadoras.
Mulheres conquistadoras
Que amam e querem ser amadas
Elegantes e repletas de inteligência

Com paciência
O mundo soube conquistar.
Mulheres duras, fracas.
Mulheres de todas raças
Mulheres guerreiras
Mulheres sem fronteiras
Mulheres... mulheres...

sexta-feira, 4 de março de 2011

Carnaval no Nordeste do Brasil.







O Carnaval, festa de antiga tradição católica originada na Europa, realiza-se anualmente nos três dias que antecedem a Quaresma. Introduzido no Brasil pelos colonizadores portugueses, era conhecido por Entrudo nos primeiros séculos de vida colonial. Nesse período, costumava-se fazer uso dos jogos de limas e limões de cheiro ou o de atirar pós e vasilhames de água e de outros líquidos uns nos outros. O brinquedo era vivenciado entre famílias nas moradas senhoriais ou nas ruas e nos largos onde geralmente se divertiam os escravos e os homens livres pobres.

Durante o Império, a festa dedicada ao riso e ao prazer passou a denominar-se mais comumente de Carnaval. As elites urbanas pouco a pouco foram abandonando o brinquedo do Entrudo e voltaram os olhos para os carnavais das cidades mais progressistas da Europa, a exemplo de Nice, Paris, Nápoles, Roma e Veneza, onde a folia era animada por bailes, danças, músicas, salões iluminados, banquetes, cortejos e desfiles de máscaras e trajes luxuosos pelas ruas das cidades. Esses divertimentos eram tidos como sinal de civilização e progresso, de elegância e adiantamento cultural.

A partir de meados do século XIX, surgiram as sociedades carnavalescas, formadas por membros das elites socioeconômicas e culturais urbanas cujos sócios exibiam-se mascarados, desfilando em carros de alegoria e crítica. Fazer crítica aos costumes, à política e aos tipos sociais através do riso e do humor e sem cometer ofensas pessoais era prática extremamente valorizada. Salvador, na Bahia, teve o Bando Anunciador dos Festejos Carnavalescos, os Cavalheiros do Luar e os Cavalheiros da Noite, cujos integrantes eram os moços do comércio e alguns caixeiros de escrita. Na década de 1890, apareceram os clubes de negros que desfilavam em luxuosos carros de críticas e de idéias, acompanhados por uma charanga composta por instrumentos africanos. Seus nomes remetiam à África: Embaixada Africana e Pândegos d’África, Chegada Africana e Guerreiros d’África. Esses grandes clubes de negros constituíram uma particularidade do Carnaval de Salvador.


No Recife, o Carnaval das máscaras, das críticas e das alegorias era representado pelas sociedades carnavalescas Asmodeu, Garibaldina, Comuna Carnavalesca, Azucrins, Os Philomomos, Cavalheiros da Época, Fantoches do Recife, Clube Cara Dura, Seis e Meia do Arraial e outros. Em 1883, o Clube Francisquinha fazia a alegria do Carnaval de rua de São Luís do Maranhão. De presença mais marcantes nas folias de Momo a partir da década de 1870, os clubes de alegoria e crítica entraram em franca decadência nos primeiros anos do século XX.

As camadas populares, por sua vez, continuaram a ocupar as ruas com seus brinquedos e suas diversões, sendo objeto de desprezo das elites, de críticas da imprensa e de repressão policial — segmentos que os viam como sinal de ignorância e de atraso socioeconômico e como um potencial perigo à ordem pública. No Recife, além do Entrudo, o “populacho” entregava-se aos sambas, aos maracatus e às cambindas, divertiam-se com o Rei do Congo, os fandangos e o bumba-meu-boi. Em São Luís, no final do século XIX, proliferaram os baralhos — bando de negros pintados de branco, portando sombrinhas ou guarda-chuvas — e os cordões de ursos, fofões, morcegos, mortes, sujos e de outros bichos como guarás, carneiros, águias. Na folia de Salvador, os “caretas” apareciam envoltos em esteiras de catolé ou com folhas de árvore recobrindo os abadás; além da caricatura do Ioiô Mandu, fantasia confeccionada com anágua, peneira, cabo de vassoura e um paletó velho.

Em 1905, a fim de evitar o chamado processo de “africanização” do Carnaval de Salvador, foram intensificadas as medidas repressivas aos folguedos populares carnavalescos de rua, que incluíam os batuques, sambas e candomblés. Até o início dos anos 1930, não são conhecidas notícias de clubes ou blocos que evocassem a África ou executassem batuques nas ruas centrais da capital baiana.

No Recife, a partir de 1880, década em que foi abolida a escravidão e proclamada a República no Brasil, multiplicou-se o número de agremiações carnavalescas populares nas ruas, formadas por trabalhadores urbanos, artífices e artesãos, operários, caixeiros, feirantes, domésticos. Quando se apresentavam em público, arrastavam toda sorte de gente: desocupados, vadios, moleques de rua, capoeiras. Dentre os clubes carnavalescos pedestres, predominavam aqueles que se faziam acompanhar pelas bandas de música ou orquestras de metais que executavam as vibrantes marchas carnavalescas, mais tarde conhecidas por marchas pernambucanas e, finalmente, por frevo: Caiadores, Caninha Verde, Vassourinhas,Pás, Lenhadores, Vasculhadores, Espanadores, Ciscadores, Ferreiros, Empalhadores do Feitosa, Suineiros da Matinha, Engomadeiras, Parteiras de São José, Cigarreiras Revoltosas, Verdureiros em Greve, em meio a tantos outros. No vaivém dos clubes e troças, nasceram o frevo e o passo pernambucanos. No início do século XXI, convencionou-se que o frevo nasceu em 1907, ano em que foi encontrado o primeiro registro da palavra frevo em um jornal local, o Jornal Pequeno, na edição de 9 de fevereiro de 1907.

Os maracatus nações, com suas loas e toadas de bombo, também considerados pelas elites como periculosos, infectos, produtores de “um barulho infernal”, passaram a ser mais ou menos tolerados pelas elites pernambucanas a partir das décadas de 1920 e 1930, talvez por remeterem à tradicional cerimônia do Rei do Congo e pelo fato de alguns se exibirem “vistosamente organizados”. Negros, mulatos e caboclos buscaram ainda espaço na folia organizados nos Caboclinhos, grupos que se apresentavam com músicas, danças e indumentária que evocavam os auto-hieráticos utilizados pelos missionários jesuítas na catequese dos índios: Tribo Canindés (1897), Carijós (1899), Tupinambás (1906) e Taperaguases (1916).

A partir de 1930, teve início o processo de oficialização do Carnaval no Brasil e as manifestações culturais oriundas das camadas populares passaram a ser reconhecidas como a grande força e expressão do Carnaval. No Recife, a Federação Carnavalesca Pernambucana, fundada em 1935, tornou-se responsável pela organização dos festejos e definiu as categorias das agremiações carnavalescas de rua: clube de frevo, troça, bloco, maracatu nação ou de baque virado e caboclinhos. Ficaram excluídos da lista os populares ursos e bois de Carnaval e os maracatus de baque solto. Nesse período, o frevo passou a ser considerado oficialmente como símbolo de identidade cultural de Pernambuco. Em São Luís, em 1929, surgiram as turmas de batucada ou blocos que recuperaram os ritmos tradicionais locais. Em Salvador, o Carnaval popular recuperou o ânimo a partir de 1949, com a criação do afoxé Filhos de Gandhi, grupo formado por estivadores e ligado ao candomblé.

Na década de 1950, as prefeituras do Recife e de São Luís assumiram a organização dos respectivos Carnavais e instituíram os concursos oficiais entre as diferentes categorias de agremiações carnavalescas. Tinham a intenção, entre outras, de transformar o Carnaval em produto turístico e num grandeespetáculo ao ar livre. O surgimento do trio elétrico, que modificou radicalmente a estrutura e a forma dos festejos carnavalescos de Salvador, data de 1951. Nos anos 1980, os trios elétricos eram vistos animando os Carnavais e asMicaremes, os chamados “Carnavais fora de época”, em diversas cidades brasileiras.

Durante os anos da ditadura militar, os Carnavais de rua do Recife, de Salvador e de São Luís quase desapareceram. Começaram a recobrar força e energia com os primeiros sinais de abertura política, a partir de 1975. Em Pernambuco, explodiram os festejos nas ruas de Olinda onde os clubes carnavalescos exibiam-se em meio ao povo, sem os desfiles, as passarelas e os concursos oficiais. Em 1978, no Recife, surgiu o Clube de Máscaras O Galo da Madrugada, que se tornaria a maior agremiação carnavalesca do mundo, conforme registro noGuinness Book, o livro dos recordes, na virada do século XX para o XXI. Em São Luís, impulsionados pelo crescimento do Movimento Negro, apareceram, por volta de 1984, os primeiros blocos de matriz cultural afro-brasileira e, desde os anos 1990,o Carnaval tem mostrado sua vitalidade através das expressões culturais de raízes locais.

Na cidade de Salvador, os Filhos de Gandhi e o Ilê Aiyê, criado em 1974, afirmaram-se como grandes expressões da negritude, contribuindo para o processo de preservação, fortalecimento e valorização da identidade étnica e cultural dos afrodescendentes e dando sentido positivo à chamada “reafricanização” do Carnaval da Bahia. Afoxés e blocos de negros dividem, hoje, as avenidas e as atenções do público e dos meios de comunicação de massa com os trios elétricos e os blocos com seus abadás e cordões de isolamento. Ao findar o século XX, a festa baiana já havia se convertido num rentável e lucrativo empreendimento comercial, sujeito à lógica do mercado, embora muitos ainda o procurem simplesmente para rir, divertir-se e brincar.


Fonte:Rita de Cássia Barbosa de Araújo
Historiadora e pesquisadora da
Fundação Joaquim Nabuco